segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Intelectual Ateu Pede Ajuda Para Cristãos Perseguidos


Bernard-Henri Lévy é um pensador ateu considerado como referência intelectual da chamada nova esquerda. Em um artigo publicado no jornal italiano Corriere della Sera ele afirma que é necessário defender os cristãos perseguidos em todo mundo, começando por Asia Bibi, a mulher condenada a morrer no Paquistão acusada de blasfêmia.
No artigo publicado esta quarta-feira titulada “Defender a todos os perseguidos começando pelos cristãos do Oriente, o intelectual francês assinala que “recentemente eu declarei, à margem de uma conversação com um jornalista da agência espanhola EFE, que hoje os cristãos constituem, em escala planetária, a comunidade mais constante, violenta e impunemente perseguida”.
Esta frase, escreve, “surpreendeu, e provocou certa agitação aqui e lá”. Para provar sua afirmação enumera diversos casos como o recente massacre contra os siro-católicos no Iraque onde morreram 58 pessoas, a proibição do culto cristão no Irã, a perseguição anti-cristã na Franja de Gaza, no Sudão, contra os evangélicos no país africano de Eritréia, o assassinato recente de um sacerdote no Congo e a perseguição violenta contra os cristãos na Índia.
Lévy se referiu também à perseguição contra os cristãos no Egito e na Argélia, países majoritariamente muçulmanos, e como ainda existem regimes comunistas no mundo que não permitem a plena liberdade de culto como Cuba, a Coréia do Norte e a China.
Depois de rechaçar o anti-semitismo e recordar que os judeus também foram perseguidos, mas que isto sim é condenado, o pensador recorda que o Papa Bento XVI elevou a voz para defender aos cristãos do Oriente que têm feito tanto pela riqueza espiritual da humanidade.
Ante os cristãos perseguidos, explica Lévy, cabe uma de duas atitudes: “ou a pessoa se adere à doutrina criminal e louca que faz competição entre as vítimas (para cada um os seus próprios mortos, a cada um a própria memória e, entre uns e outros, a guerra de mortos e memórias) e nos preocupamos só pelas ‘próprias’ vítimas. Ou se repudia isto (sabemos que em todo coração há suficiente espaço para compaixão, luto e solidariedade não menos fraternos)”.
E com essa mesma energia com a que se rechaça esta doutrina criminal, continua o intelectual ateu, “(quase digo com a mesma fé), denuncia-se o ódio planetário, a onda homicida da que são vítimas os cristãos, cuja velha condição de representantes da religião dominante, ou em todo caso, mais poderosa, impede de tomar verdadeira consciência”.
Finalmente Lévy questiona: “existe acaso permissão para matar quando se trata dos fiéis do ‘Papa alemão’? Uma permissão para oprimir, humilhar, martirizar, em nome de outra guerra das civilizações não menos odiosa que a primeira?”
“Pois não –conclui–. Hoje é necessário defender os cristãos”.

Fonte: ACI

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