RETIRO QUARESMAL COMUNITÁRIO
Jesus, o Rosto da Misericórdia
3ª Semana da Quaresma
“Temos depois outra parábola da qual tiramos uma lição para o nosso estilo de vida cristã. Interpelado pela pergunta de Pedro sobre quantas vezes fosse necessário perdoar, Jesus respondeu: « Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete » (Mt18, 22) e contou a parábola do « servo sem compaixão ». Este, convidado pelo senhor a devolver uma grande quantia, suplica-lhe de joelhos e o senhor perdoa-lhe a dívida. Mas, imediatamente depois, encontra outro servo como ele, que lhe devia poucos centésimos; este suplica-lhe de joelhos que tenha piedade, mas aquele recusa-se e fá-lo meter na prisão. Então o senhor, tendo sabido do facto, zanga-se muito e, convocando aquele servo, diz-lhe: « Não devias também ter piedade do teu companheiro, como eu tive de ti? » (Mt 18, 33). E Jesus concluiu: « Assim procederá convosco meu Pai celeste, se cada um de vós não perdoar ao seu irmão do íntimo do coração » (Mt 18, 35).
A parábola contém um ensinamento profundo para cada um de nós. Jesus declara que a misericórdia não é apenas o agir do Pai, mas torna-se o critério para individuar quem são os seus verdadeiros filhos. Em suma, somos chamados a viver de misericórdia, porque, primeiro, foi usada misericórdia para connosco. O perdão das ofensas torna-se a expressão mais evidente do amor misericordioso e, para nós cristãos, é um imperativo de que não podemos prescindir. Tantas vezes, como parece difícil perdoar! E, no entanto, o perdão é o instrumento colocado nas nossas frágeis mãos para alcançar a serenidade do coração. Deixar de lado o ressentimento, a raiva, a violência e a vingança são condições necessárias para se viver feliz. Acolhamos, pois, a exortação do Apóstolo: « Que o sol não se ponha sobre o vosso ressentimento » (Ef 4, 26). E sobretudo escutemos a palavra de Jesus que colocou a misericórdia como um ideal de vida e como critério de credibilidade para a nossa fé: « Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia » (Mt 5, 7) é a bem-aventurança a que devemos inspirar-nos, com particular empenho, neste Ano Santo.”
Nessa terceira semana de nosso retiro, o Santo Padre
através da Bula Misericordiae Vultus,
vem nos convidar a experimentar uma maravilhosa Bem-aventurança e imitá-lo na
Misericórdia. Agora começamos a trilhar um caminho, muitas vezes, duro e
doloroso, mas cujo destino é a Eterna Alegria do Céu, e esse caminho único e
irrepetível é o Caminho do perdão e da humilhação do pedido de perdão.É hora de
quebrar as amarras do orgulho e da autossuficiência, hora de nos assemelhar a
Jesus que: “Sendo
ele de condição divina, não se prevaleceu de sua igualdade com Deus,mas
aniquilou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e assemelhando-se aos
homens.E, sendo exteriormente reconhecido como homem, humilhou-se ainda
mais, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz.”(Filipenses
2,6-8)
Compromissos desta Terceira Semana:*
Abstinência: Essa semana nos
absteremos de ouvir fofocas ou conversas que venham trazer satisfação no
apontar os erros do outro, sem a intenção de auxílio, principalmente das
fofocas disfarçadas de “partilha” da vida do irmão. É hora de Misericórdia!
Compromisso de Misericórdia: Se semana passada começamos
a escrever o exame de consciência para a confissão quaresmal, já é hora de
fazer o “Inventário da Misericórdia” e listar que precisamos perdoar e a quem
precisamos pedir perdão, pois: “Antes de oferecer nossas orações é necessário
reconciliar nossa vida com a do irmão”(Cf. Mt 5,24) .
Intenção Comum de Oração: Pelas
famílias que vivem em permanente espírito competição interna e que não sabem edificar
uns aos outros no perdão, na oração e no amor.
Eis mais um passo, irmãos, em nosso caminho de Retiro Quaresmal. Saibam que estamos juntos nesse caminho que pode mudar nossa história.
Partilhe conosco suas experiências com esse
retiro que é presente de Deus para nós!
Seu
Irmão Menor, Pai Fundador,
Luis Fernando Pimentel de Alencar, CMRM
*Não esqueçamos da Oração Diária com o
Evangelho do dia, crescendo com a Palavra de Deus.
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