A cor vermelha é o símbolo que distingue
os cardeais. Nas suas vestes diárias podem usar batina preta com os
detalhes em vermelho, além do solidéu e a cruz peitoral que igualmente
possuem detalhes em vermelho. Essa cor lembra o sangue de Cristo
derramado por nós, sua Igreja, e significa para os cardeais a disposição
de testemunhar a fé fielmente até o martírio, se for necessário.
Além da cor vermelha, três símbolos
acontecem nos consistórios que distinguem os cardeais, são eles: A
entrega do Barrete vermelho, do anel cardinalício e da bula de nomeação,
que atribui a cada cardeal um título ou diaconia de uma Igreja de Roma.
No rito do consistório, depois da
homília do Santo Padre, ocorre a profissão de fé dos novos cardeais,
retirada do credo niceno-constantinopolitano, manifestando a unicidade
da fé da Igreja. Depois acontece o juramento de obediência de cada
cardeal à Igreja Católica na pessoa do Papa e de seus sucessores. Bento
XVI comentou em sua homília do consistório de novembro de 2012 que são
palavras “carregadas de profundo significado espiritual e eclesial”:
«Prometo e juro permanecer, a partir de agora e para sempre enquanto
tiver vida, fiel a Cristo e ao seu Evangelho, constantemente obediente à
Santa Apostólica Igreja Romana».
O Santo Padre, então, passa ao momento
da entrega do Barrete, do anel cardinalício e da bula de nomeação. Todos
esses símbolos exprimem de maneira muito clara a especial união dos
cardeais com o Bispo de Roma e a sua missão de colaborar mais
estreitamente com o Santo Padre no governo da Igreja.
O Barrete vermelho é entregue pelo Santo
Padre e é sinal da dignidade do Cardinalato. É neste momento que o Papa
recorda ao cardeal que o barrete significa a disponibilidade de
comprometer-se com força, até a efusão do sangue, pelo desenvolvimento
da fé cristã, pela paz e tranquilidade do povo de Deus e pela liberdade e
difusão da Santa Igreja Romana.
O anel sempre foi símbolo de uma união
mais estreita, de uma aliança entre duas partes, como a aliança dos
noivos representa a sua união, seu compromisso mútuo até que a morte os
separe. O anel cardinalício é expressão de uma união mais forte entre o
cardeal e a Igreja. Ele recebe o anel enquanto escuta do Papa essas
palavras: “Recebe o anel das mãos de Pedro e sabei que, com o amor do
Príncipe dos Apóstolos, se reforça o teu amor para com a Igreja”.
O terceiro símbolo, a entrega da bula de
nomeação, reforça ainda mais a estreita união que possuem os cardeais e
o Papa. Bento XVI na homília do último consistório lembra aos cardeais
que “através da vossa colaboração com os Dicastérios da Cúria Romana,
sereis meus preciosos cooperadores antes de tudo no ministério
apostólico a favor da catolicidade inteira.”
As vestes dos cardeais, com sua
característica cor vermelha, e os símbolos que os distinguem, são para
nós, povo de Deus, testemunho de que existem hoje pessoas chamadas pelo
Senhor que se comprometem inteiramente em guiar-nos pelos caminhos do
Plano de Deus. Agradeçamos ao nosso Pai celestial por essas pessoas e
rezemos por sua fidelidade na missão tão importante que lhes foi
concedida.
Fonte:http://www.a12.com
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