O prefeito da Congregação para os Bispos e presidente da Comissão para a
América Latina (CAL), Cardeal Marc Ouellet, celebrou às 18h30 da passada
quarta-feira (dia 12) a missa de conclusão do congresso internacional
"Ecclesia in America", realizado no Vaticano à distância de quinze
anos do Sínodo dos Bispos para a América. A missa foi celebrada na "Igreja
de Santa Maria in Traspontina", situada na Rua da Conciliação, artéria
principal que dá acesso à Praça São Pedro.
Na homilia da celebração o Cardeal Ouellet, após recordar o anúncio do
anjo Gabriel a Maria e o sim da Virgem à maternidade divina, ressaltou que quando
Deus quis abrir a América ao Evangelho lançou seu olhar para um camponês pobre
e humilde, Juan Diego, que recebeu, ele também, uma visita e uma mensagem do
céu. Atraído para a montanha por um canto celestial do qual ignorava a fonte,
viu uma Senhora nobre, radiante, de inimaginável perfeição, vestida de sol. Ela
se apresentou como a Mãe do Deus verdadeiro, destacou o purpurado, recordando
Nossa Senhora de Guadalupe – Imperatriz das Américas –, cuja festa litúrgica se
celebrava nessa quarta-feira.
Referindo-se ao congresso internacional, o Cardeal Ouellet disse que os dias abençoados vividos neste evento se desenvolveram entre os dois mistérios da Anunciação e da Visitação. "Somos testemunhas de que o Povo de Deus diz sim ao chamamento neste Ano da Fé", afirmou o cardeal.
Referindo-se ao congresso internacional, o Cardeal Ouellet disse que os dias abençoados vividos neste evento se desenvolveram entre os dois mistérios da Anunciação e da Visitação. "Somos testemunhas de que o Povo de Deus diz sim ao chamamento neste Ano da Fé", afirmou o cardeal.
Viemos para este encontro "para reavivar o dom da fé que recebemos há 500 anos atrás", e queremos ser testemunhas da fé na unidade, "vez que este dom é a herança mais preciosa que une o Sul e o Norte da América desde suas origens", observou.
Dirigindo-se aos 250 participantes do congresso e aos demais presentes, o presidente da Comissão para a América Latina disse estarmos preparados para "levar a mensagem do Evangelho com novo ardor, com novos métodos e numa nova linguagem".
Contemplando a realidade da América e a missão da Igreja nesta significativa porção do Povo de Deus, o Cardeal Ouellet destacou que o continente "cresceu sob o signo de Cristo Rei" e que "sob o cajado de Pedro deve transmitir e difundir sua fé para ser fiel a si mesmo". "Os pobres esperam ansiosamente este testemunho que deve passar pela caridade sincera, a fraternidade e a solidariedade efetiva com os menos favorecidos", observou ainda.
E lançou um desejo: "Que todos os batizados se levantem e proclamem sua fé com orgulho, no respeito pela liberdade dos demais, porém conscientes de que têm que passar a luz da fé para as novas gerações da cultura digital. Que surja, sobretudo, um novo florescimento de homens santos e de mulheres santas para a Nova Evangelização” afirmou o cardeal.
O prefeito da Congregação para os Bispos concluiu afirmando que os
muitos males sociais que atingem a América reclamam dos discípulos de Cristo um
tratamento que elimine o vírus mortal do egoísmo, da inveja e do ódio,
exortando a lutar contra a exploração dos pobres, o comércio ilícito, as leis
injustas no que tange à imigração, à violência urbana, à desagregação familiar,
e muitas outras questões.
Por fim, exortou a colocarmos nas mãos de Nossa Senhora de Guadalupe,
Nossa Mãe, as esperanças e os projetos que nascem deste encontro em Roma, 15
anos após o Sínodo dos Bispos para a América e da Exortação Pós-Sinodal
Ecclesia in America. O documento de João Paulo II, aliás, insistia neste ponto:
na América como uma única realidade. E foi isso mesmo que afirmou aos
microfones da Radio Vaticano o Arcebispo de Porto Alegre, Dom Dadeus Grings,
que participa deste Congresso.
Sobre o legado da Exortação Apostólica “Ecclesia in America”, também
prestou declarações o Secretário-Geral da CNBB – Conferência Nacional dos
Bispos do Brasil, Dom Leonardo Stein.
Passados quinze anos, o panorama religioso, cultural, político e económico do continente mudou em alguns aspectos.
Na esfera civil, entre os aspectos positivos da América de hoje, assinala-se a crescente afirmação em todo o Continente de sistemas políticos democráticos e a progressiva redução dos regimes ditatoriais.
Passados quinze anos, o panorama religioso, cultural, político e económico do continente mudou em alguns aspectos.
Na esfera civil, entre os aspectos positivos da América de hoje, assinala-se a crescente afirmação em todo o Continente de sistemas políticos democráticos e a progressiva redução dos regimes ditatoriais.
Já em 1999, o avanço das seitas preocupava a Igreja em todo o
continente, assim como a questão ecológica: “Quantos abusos e prejuízos
ecológicos não há inclusive em muitas regiões americanas!”, lê-se no texto.
Problemas como migração, corrupção, consumo e comércio de drogas, corrida
armamentista, respeito pelos direitos humanos estão contidos na Exortação
Apostólica.
Por isso, a opção de amar de modo preferencial os pobres foi, mais uma vez, confirmada e apontada nas conclusões deste Congresso Internacional “Ecclesia in America” que terminou esta semana no Vaticano.
Por isso, a opção de amar de modo preferencial os pobres foi, mais uma vez, confirmada e apontada nas conclusões deste Congresso Internacional “Ecclesia in America” que terminou esta semana no Vaticano.
Fonte:Rádio Vaticano
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