Um dos erros mais acentuados em homens e mulheres é que eles costumam sonhar com um amor sem conflitos, sem problemas. Isto se deve, em parte, ao impacto cultural que invade os filmes e as novelas, que recaem na ingenuidade, no pouco conhecimento real do mundo e, possivelmente, em outros fatores de peso, mas que, em conjunto, constroem uma imagem do ideal do amor que, na realidade, não existe.
Esta imagem, com a experiência nos relacionamentos, cedo ou tarde se rompe, deixando um acúmulo de decepções e desilusões. Ironicamente, os que sonham com amores perfeitos acostumam viver amores muito imperfeitos, pois a realidade é que não existem relacionamentos humanos sem conflitos. Talvez exista só para aquela pessoa que fica à margem do amor, com uma espécie de linha invisível que não cruza, pois o mantém estático, sem conflito e sem amor.

Um dia um autor formulou a seguinte frase, referindo-se ao relacionamento de um casal com ideias e pensamentos distintos. Apesar disto, não desaparecem as diferenças de opinião nem os desacordos: “Discutiram e, assim, experimentaram, uma vez mais, que se pertenciam um ao outro”.
Claro que estamos falando de uma discussão na qual não se busca ferir o outro, mas de uma vontade de compreensão e desejo de compromisso construtivo. É aqui, justamente, onde se demonstra o esforço para encontrar sempre um caminho em direção ao outro.
Amar não é descansar um junto ao outro, porque amor é uma luta e uma superação de conflitos para conseguir a unidade que deve se conquistar a cada dia.
Eugenia Ponce de León Álvarez
www.almas.com.mx
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