Quanto mais difícil é um problema, tanto mais difícil será a sua solução, pois não há solução fácil quando o problema é difícil.
Na vida também é assim, não há solução fácil, cômoda, rápida e barata para os problemas difíceis. Mas, infelizmente, no campo do comportamento estamos cheios de “soluções fáceis”, que em vez de solucionar os problemas, os tornam ainda mais graves.
Há sempre duas maneiras de solucionar um problema: a primeira será “fácil”: improvisada, rápida, cômoda, sem sacrifícios e muitas vezes imoral; a segunda será “difícil”: demorada, planejada, árdua e dispendiosa. A segunda será eficaz e duradoura; a primeira, inócua e falsa. Não se arrisque.
É fácil distribuir preservativos e seringas para se evitar a AIDS; mas é difícil ensinar as pessoas sobre o emprego moral do sexo e o valor da castidade.
É fácil fazer guerra, é difícil manter a paz. É fácil praticar um aborto e eliminar uma vida, mas é difícil aceitar, acolher, respeitar, amar e educar um ser humano em qualquer situação.
O grande problema do mundo não é resolver os problemas, mas “como” resolvê-los. Nunca acredite numa solução fácil e rápida. A sabedoria popular já aprendeu que “o barato sai caro” e que “a pressa é inimiga da perfeição”. As soluções sérias são eficazes e duradouras; geradas no sofrimento, na oração, na paciência, nas lágrimas, no diálogo, na compreensão, etc. Não há solução fácil para problema difícil. Essa é a pior tendência do homem moderno; querer resolver todos os problemas de maneira rápida, com soluções imediatistas, atropelando o tempo, a moral, os costumes, a fé e o próprio Deus. Por fim, se dá conta de que correu em vão.
O Mestre disse que aquele que não pratica os seus ensinamentos é como aquele que constrói a casa na areia; e logo é destruída pelas tempestades e correntezas; e continua a nos dizer: “Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta e espaçoso o caminho que conduzem à perdição” (Mt 7, 13-14). Todo problema tem uma solução; senão deixa de ser um problema.
O saudoso Papa João Paulo II nos ensinou que as soluções propostas por Cristo – para os graves problemas da humanidade – são difíceis, mas jamais decepcionam. Jamais vi alguém chorar porque viveu os ensinamentos do Evangelho, mas já vi muita gente chorar porque não quis vivê-los.
Felipe Aquino
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